domingo, 30 de junho de 2013

continuo sem saber porque escrevi.



Não sei porque escrevo, na verdade não sei porque faço muitas coisas na minha vida. Faço porque sim, porque quero fazer e ninguém me impede disso (ok, na maioria das vezes as coisas não dependem só das nossas próprias vontades). E começo a escrever porque sim, porque quero escrever e ao mesmo tempo não tenho nada para escrever, não me apetece escrever e no entanto é o que estou a fazer. É como estar com fome ir ao frigorífico e não encontrar o que se deseja, que na realidade nem se sabe o que se deseja. É, às vezes nem eu própria me entendo, creio que não sou a única, e que o mundo está repleto de doidos. Mas conservo a minha sanidade mental num frasco precioso para as devidas ocasiões. 
Continuo sem saber o que quero escrever, escrevo de mim para mim quando poderia simplesmente deixar-me ficar pelo imaginário, esse sim, demasiado fértil, perde horas a ler-me diferentes guiões para a mesma cena da puta da vida. Como é incrível a estúpida capacidade criar e recriar. Às vezes canso-me, creio que me tornou fechada, fechada no meu pequeno grande mundo, e com medo de arriscar o que outrora arriscava. No entanto não sou insegura, gosto de ter os pés bem assentes na terra enquanto danço esta dança da vida, mas como todos tenho medo de fraquejar. Em tudo.  Seja como for, estou pronta para embarcar. 

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