Quem sou eu? Quem és tu? Que somos nós? O que é o mundo? O que é a vida? O que é a morte? O que é aquilo que não vês? O que é aquilo que sentes? O que é aquilo que fazes?
Caminhamos sobre máscaras e amealhamos pedras ao invés de construir muros. Deixa-mo-nos vislumbrar pelo tempo e deixamos passar as horas pensando sempre no amanhã. No depois, e no depois. Ficamos como lordes na poltrona assistir à chuva lá de fora. Temos medo das coisas mais simples. Temos receio de nos expormos nus enquanto pessoas. Procuramos explicações, argumentos e inventamos pontos de interrogação de modo a tornar tudo complexo. Não aproveitamos. Não damos o nosso melhor. Não percebemos um caralho desta vida e gostamos de permanecer na ignorância. Gostamos de fingir. Gostamos de não ser realmente nós próprios, sinceros connosco e com o mundo. Depois... depois torna-se demasiado tarde para fazer o que não foi feito. Torna-se tarde para dizer o que não foi dito. Torna-se demasiado tarde. Torna-se impossível. Morre-se. Não se volta. Já não há nada a fazer. E o nosso tempo do tempo foi-se. Para sempre. Não tenhamos medo de correr.
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