"O oxímoro do «maravilhoso infortúnio»
Cyrulnik (1999) propõe a metáfora da pérola para ilustrar o oxímoro deste «maravilhoso infortúnio» do funcionamento da resiliência. Quer dizer, como a partir de uma ferida e de um sofrimento o sujeito pode construir uma experiência potencialmente proveitosa para si. O resiliente elaboraria um oxímoro cujo modelo seria o da pérola fabricada pela ostra como resposta a uma agressão. Assim, o processo psíquico e comportamental do indivíduo resiliente perante uma situação traumatogénica seria comparável ao trabalho da ostra que, para se proteger do grão de areia que a fere, segregando nácar à voltado intruso, vai arredondar as asperezas do grão de areia e dar origem a uma jóia preciosa. A resiliência seria forjada pelo indivíduo perante as agressões da vida e o sujeito resiliente conservaria assim este precioso potencial que o iria ajudar a enfrentar a sua trajetória de vida em boas condições.
A metáfora da ostra perlífera ilustra bem como, por vezes, é a partir de uma experiência de sofrimento que podemos revelar forças até aí mantidas latentes e desconhecidas. A resiliência surge assim como resultado de um processo paradoxal no qual o confronto com o traumatismo e a ferida gera a criatividade. Todavia, a beleza da metáfora da ostra perlífera não faz esquecer a ferida original, e não quer dizer, portanto, que o sujeito resiliente evite o sofrimento perante o trauma e o stress." (Anaut, 2005)
Ia escrever algo pessoal, naquele estilo pessoal, blá blá blá, e nem de propósito nas leituras de hoje encontro "O oxímoro do «maravilhoso infortúnio». Orgulho-me de ser como uma Ostra Perlífera. Mesquinha, muito frágil, sensível, com muitos macaquinhos, muitos filmes, uma cabeça cineasta cheia de guiões para todo o tipo de histórias, e talvez por isso consiga dar a volta aos diferentes enredos que vão surgindo na vida. Nada melhor que começar o ano como mandar todos os "grãos de areia" para a merda e puta que os pariu, I'm happy. (Continuo o ano mal educada como sempre, ordinária, e autoritária. Eu gosto.)
Ia escrever algo pessoal, naquele estilo pessoal, blá blá blá, e nem de propósito nas leituras de hoje encontro "O oxímoro do «maravilhoso infortúnio». Orgulho-me de ser como uma Ostra Perlífera. Mesquinha, muito frágil, sensível, com muitos macaquinhos, muitos filmes, uma cabeça cineasta cheia de guiões para todo o tipo de histórias, e talvez por isso consiga dar a volta aos diferentes enredos que vão surgindo na vida. Nada melhor que começar o ano como mandar todos os "grãos de areia" para a merda e puta que os pariu, I'm happy. (Continuo o ano mal educada como sempre, ordinária, e autoritária. Eu gosto.)
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