sábado, 21 de junho de 2014

e se.


e se...
e se tivesse coragem.
movida pela força, pela garra, destreza, sei lá mais.
e a maior das fraquezas é tudo isso esmorecer. ceder aos caprichos do coração.

a maior das fracas.
suspensa num cabide de marionete.

não quero ter coragem. não quero considerar que devia ter coragem.
às vezes parece o mais certo.
todas as horas parece errado. completamente impossível.

fico fraca. muito fraca. demasiado fraca. tudo parece derrotar.
só preciso da mão que acalma.
só preciso do silêncio que protege.
só preciso de derramar as lágrimas que a força vai acumulando.  

a incerteza do tempo mata. corrói.
as minhas convictas certezas matam-me. corróem-me.
as incertezas (...)

preciso de me dissipar no espaço. no tempo.
preciso de correr num prado descalça.
preciso de me sentir livre do que sufoca.
quero ir de mão dada.

quero sentir a areia molhada.
dois corpos nus sob a areia molhada.
até anoitecer.

até amanhecer.








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