Vinte Seis. Não me lembro de nada, mas dizem que eram umas dezoito horas
e dez minutos.
Cabelos pretos que depressa se
transformaram em longos cachos loiros.
Três minutos a pensar ao
som de Into My Arms …
Sinceramente acho-me igualzinha, não só o rosto, estas bochechas robustas, a
forma como esboço um sorriso ou dou uma gargalhada e este feitio terrível. Não perdi a meiguice e doçura como a C diz.
Aprendi a ser fria e refilona mas também não serei eu sem a minha
característica ternura e coração mole para quem merece. E para quem não merece
também e é das coisas que mais
me tem magoado.
Conheço-me. Sei quem sou. Acho que é aquilo que nos permite estarmos bem
connosco mesmos, independentemente de gostarmos ou não. E já o meu signo diz,
uma taurina tem uma personalidade extremamente forte. Ao que muitos confundem
com mau feitio.
Eu gosto de quem sou. Gosto de ser parva. Gosto de dar sem pensar em
receber mas também sabe bem um
mimo. Gosto de ser desenrascada em tudo. Gosto de ser muito feminina e
paradoxalmente “muito gajo” palavras
da M e do Dr. F. Dito desta forma até parece que me estou a louvar. Nada
disso, gostava de ser menos isto e aquilo, contudo aceito. Foram as minhas
experiencias de vida que aguçaram algumas coisas mais amargas em mim.
Agora vamos aos vinte seis que muitos dão dezoito. É giro e ao mesmo
tempo não é. Também não vou vestir saia travada e blusinha para me levarem a
sério. Acho que vou ser uma mãe
muito à frente, ténis, jeans e t-shirt a
mostrar o umbigo, talvez. Fisicamente admito que posso aparentar, mas
interiormente confirmo o “peso” da idade. Acho que não me sei explicar muito
bem, mas tenho andado a pensar sobre isto. Tenho observado as outras pessoas
amigas, mais novas e com maturidade mas consigo observar maturidades
diferentes. Não sei se sou a única a pensar em tal coisa, mas o facto é que
este último ano observei-me muito mais a mim própria. Isto tornou os vinte
cinco maravilhosos, conheci-me, aprendi muita coisa sozinha e outra tanta com
as pessoas. E uma em especial.
Agradeço antecipadamente as felicitações principalmente as considerações
sinceras. Agradeço a quem esteja comigo neste dia e só perdoo ao meu pai o seu
velho hábito de se esquecer que faço anos, ou de não me dar os parabéns. Aos
restantes agradeço de outra forma.
Três de maio de mil novecentos e oitenta oito.
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