quinta-feira, 30 de maio de 2013

coisas complexas.


Ultimamente a minha vida (ou não vida) tem sido em torno de uma perspectiva dinâmica e analítica. Escassez de tempo, escassez de sono, de descanso, de vontade... de tudo um pouco que produza cansaço à minha mente. De facto não há tempo sequer para soltar uma simples flatulência, mas lá se vai soltando uma ou outra, e comete-se o pecado de perder preciosos minutos a olhar para o objecto mais estúpido, para o tecto mais invulgar (os tectos são quase todos iguais, mas neste estado descobrimos-lhes sempre algo diferente), para o vazio, para o imaginário.  Desejo indubitavelmente respirar para fazer o que o meu corpo me pede e a minha mente anseia. Um paradoxo, uma ambivalência  de sentimentos. Não quero ver um fim, ou um até já. Produz algo que amargo, a constatação da realidade, um presente que pensamos que está no futuro. E pronto é isto, um cérebro cansado que fica demasiado complexo e aparvalhado. Isto a propósito de querer partilhar uma frase que achei graça aquando lia um artigo...

"Como diz Winnicott “uma criança é muito mais que sexualidade, assim como uma flor é muito mais do que água. No entanto, um botânico falharia completamente a sua tarefa de descrever a flor se se esquecesse de falar da água que a compõe.” (Winnicott, 1972)" in Paixão, 2002.












Parabéns ao homem da minha vida, pai :') 


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Processo Raio X.


"O mundo é um hospício"
(Albert Einstein)


Tentas, bem tentas.
Começa a ser demasiado óbvio. 
Mas tu voltas a insistir.
Insistes para contigo.
Renuncias as palavras no momento.
A cabeça fica oca.
Pairam somente reticências.
Reticências de quem sabe e não sabe ao mesmo tempo.
De quem quer e não quer admitir.
Talvez com medo.
Talvez com receio.
Não do que contigo trazes, do que nasce, ou na realidade já nasceu.
Medo e receio de quebrar a melodia que soa, entoa e sabe bem.  
Talvez te sintas num processo raio X.
Talvez, talvez, talvez...
Preferes dizer talvez
aos outros, a ti mesma.
Na ausência da tua psicose reconheces. 
Admites.
Admites que estás louca. 
Admites qualquer coisa que não queres admitir.
Admites e tens vontade de admitir.
Um paradoxo.
Um grande paradoxo que na realidade não o é. 




  



quinta-feira, 16 de maio de 2013

tempo.

“O Tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o Tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo, tempo tem.”



A Persistência da memória - Salvador Dalí
"ninguém poderia esquecê-la uma vez vista"


A verdadeira preocupação humana. O tempo. A grande preocupação no meio das minhas grandes preocupações. O tempo. Ou a falta dele. Responsabilidades e mais responsabilidades impedem a realização de necessidades. O tempo encurta a responsabilidade das responsabilidades. O tempo impede as mais diversas formas de prazer. Pequenas gratificações. Coisas que alimentam o ser humano. Odeio contar horas. Odeio contar minutos e segundos. Preciso do tempo em que não há tempo. Do tempo das horas mortas. Do tempo da ausência de relógios. Preciso. Só preciso. Preciso antes de mais que o tempo me dê tempo para me realizar no tempo a tempo! 


A minha versão actual!




domingo, 12 de maio de 2013

os dias.


Não sei se é comum, se é generalizável mas o facto é que estes dias primos do verão devolvem-me algum sentido ao corpo e à alma. Lia em algures que uma forma de exercitar o nosso cérebro consiste em trocar-lhe as voltas. Passamos as manhãs a dormir, passamos os meios dias de janelas fechadas como se paralelamente existissem dois mundos no mesmo tempo decorrente. Lá fora faz sol, cá dentro persiste a monotonia e a estúpida melancolia, que apesar de estúpida não deixa de ser prazerosa. Uma ambivalência de pensamentos, mas, é preciso reagir a este amor ódio dos meus lençóis que me anulam, que me devolvem a preguiça e a melancolia. Preciso de me sentir viva. De me sentir viva fora deles. De me sentir realizada.
É esta força que os raios me dão que eu tanto prezo. Dão vida porque põe tudo ás claras, fornecem alimento às minhas veias, proporcionam força, revitalizam-me a mente e dão-me coragem para erguer!







quinta-feira, 9 de maio de 2013

ao acaso.




-a vida não pode ser só isto. não pode ser pedra. não pode ser sombra. não pode ser desfoque. não pode ser lágrima. não pode ser preocupação. não pode ser. pode ser? 

-tu fazes a vida. tu fazes a vida na tua cabeça. a vida pode ser o que tu quiseres.

-as coisas não são assim tão simples.

- as coisas são simples. tu é que complicas.

-porque tenho medo.

-não tenhas medo. confia em ti. 




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Bodas de prata.


Esta sou eu.
Ana Bárbara S. N., nascida à precisamente 25 anos pelas 18.10 da tarde.
3 de maio 1988.
O dia do sol.






GOSTO de passear, gosto da verdade, gosto da praia, gosto de andar descalça, gosto de surpresas, gosto de pipocas, gosto de receber presentes e flores. Gosto de tulipas.
Gosto de andar à chuva.

Gosto de coisas estúpidas, de aventura, loucura, adrenalina.

Gosto de ficar numa esplanada ao sol, gosto de observar, adoro observar tudo e todos.

Gosto de uma boa comida, gosto de cozinhar.
Gosto de ter um estilo próprio, gosto de compras, gosto de cinema, gosto de conhecer sítios novos, gosto de concertos e festivais, gosto de sol.
Gosto de praia, gosto de mar.

Gosto de fotografia, gosto de compras, gosto de apontar tudo o que tenho de fazer, gosto de organizar tudo, gosto de lasanha e de massas, gosto de carinho, gosto de teatro, música e dança.

Gosto de falar a minha língua e ser absolutamente parva em contextos que ninguém consegue compreender .

Gosto de estar a par de tudo o que se passa à minha volta, gosto do Porto (cidade!!!), gosto do Benfica, gosto de maquilhagem, gosto de ir ao SPA, gosto de massagens,  gosto da liberdade, gosto de crianças, gosto de ficar na primeira fila nos concertos (furo tudo!), gosto de raspadinhas, gosto de sorrisos, gosto de vestidos, gosto de somar a+b+c.

Gosto de justiça, gosto de pessoas determinadas e estáveis, gosto de responsabilidade, gosto de falar, gosto de saltos altos, gosto da sensação que proporciona a atividade física.

Gosto de musica, gosto de filmes, gosto de coisas que fujam do dito normal. Gosto de coisas exclusivas.


  

NÃO GOSTO de batatas cozidas, não gosto de ratos, não gosto de lavar a louça, não suporto mentira, não gosto que teimem comigo quando sei que tenho certezas absolutas.

Não gosto de cebola, não gosto de falsidade e cinismo. Não gosto de pessoas com o nariz empinado, de pessoas que fazem de tudo para passar por cima das outras, não gosto do inverno, não gosto de chuva nem de frio.
Não gosto quando me passo da cabeça. Não gosto quando sou impulsiva.

Não gosto de ir dormir nem de acordar tarde (mas acordo, sabe bem mas fico chateada).

Não gosto quando fico aborrecida e descarrego em quem não tem culpa disso, não gosto de ter falta de tempo, não gosto que mudem os planos à ultima da hora, não gosto de musica pimba, não gosto de musica brasileira, não gosto que se metam comigo (seja lá pelo que for).

Não gosto de discutir, não gosto de chorar demasiado, não gosto de ficar indecisa, não gosto de lavar louça e passar a ferro, não gosto de chegar atrasada, não gosto de correr para apanhar autocarros ou comboios, não gosto que me mexam no cabelo (casos raros!), não gosto de perder coisas, não gosto do cheiro a tabaco, não gosto de mudanças, não gosto de ficar presa, não gosto do processo de pintar as unhas, não gosto de fazer a depilação, não gosto de pelos,  não gosto de pessoas mal encaradas, não gosto de por vezes falar de mais, por vezes não gosto de pensar demasiado, chego a conclusões demasiado lógicas (levam à negação) e por vezes magoam,  não gosto quando me enervo, não gosto de pessoas mesquinhas e pessoas ingénuas.

Não gosto de politica, não gosto de pessoas interesseiras, não gosto de infidelidade,. Não gosto do inconstante, não gosto de distração, não gosto de pessoas comodistas, não gosto de estar “aprender” a ser orgulhosa.
Não gosto de me sentir irresponsável.
Não gosto que me dem menos 6 anos, sinto-me sem credibilidade.

SOU teimosa, resmungona, persistente, vaidosa, sincera, atenciosa, carinhosa, … sou paciente mas se me fazem saltar a tampa sou um furacão (costela tripeira e “Romoa”). Sou meiga, sou muito esquisita, sou romântica, otimista, maluca, racional, honesta, paciente, bastante determinada, versátil, responsável, maternal, possessiva, muitas vezes inflexível, desenrascada, nostálgica, sonhadora, curiosa…
SOU TOURO :D

"Gosto de fazer anos ao contrário de muita gente."
(escrito a 3 de maio de 2012)