quinta-feira, 18 de abril de 2013

one way. or another.



Quando o consciente me grita o peso da minha realidade. Sufoca, aperta, empurra, esmurra. Faz-me sentir um lixo. Esta não sou eu, este é o meu corpo. Esta sou, esta sou verdadeiramente eu. Esta sou eu para além do transcendente, com vontades escondidas, com desejos alucinantes. Plausíveis, realizáveis, puníveis ... Tudo tem o seu preço. Quando sustemos o ar por ínfimos cinco segundos que mais parecem uma eternidade  , os pés caem na terra, os ombros pesam, as costas estalam, as lágrimas brotam. Não sei se quero encarar a minha realidade, não sei o que é melhor, desistir, desembarcar, abandonar... NÃO! Não quero isso, só quero mais um pouco, e mais um pouco,e mais um pouco... Eu gosto disso! Não me conheço. Acredito piamente que sou bipolar, ou estou fragmentada em duas no tempo. O antes e o depois. O agora. Está tudo tão claro e tudo em montanha russa ao mesmo tempo. Preciso de parar a montanha russa. Eu gosto de andar na montanha russa. Esta sou eu e não sou eu. Preciso de mais mil horas por dia, preciso de correr, anseio gritar num lugar mais longínquo que o infinito até perder a voz, rasgar a roupa em mil pedaços e mergulhar nua nas águas geladas do meu mar. Dançar como se não houvesse o amanhã, comer uma bola de berlim e ficar com as mãos gordurosas, cheias de açúcar, a boca cheia de creme. Perder-me de baixo de chuva... no fundo eu gosto da imoralidade, dos maus costumes, da loucura, da merda mais merda que se possa ser e fazer. A outra, a outra é que precisa de se encontrar!      




2 comentários: