e perde-se a magia do natal. confesso que me deixa de coração gelado, de alma triste. sou e sempre fui uma sonhadora. adoro fantasiar e "brincar" às princesas sempre que possível. o natal era um dia (uma altura) em que tudo era mágico. lembro-me das ruas que me deixavam de boca aberta a pasmar as luzinhas que piscavam intensamente. lembro-me de me sentar no chão a embrulhar os presentes todos de uma vez. o dia vinte e quatro era mágico. os anos que mais me ficam na memória são os da velha cozinha da minha avó, com muita, mesmo muita gente. os presentes eram identificados, colocados todos em cestos e alguém fazia de "pai natal" em cima de um banco a distribuir as prendinhas. no meio da euforia havia silêncio, ficavamos todos ansiosos à espera que fosse gritado o nosso nome. hoje os presentes são embrulhados, quer dizer, colocados em sacos, no maior dos tédios e sem qualquer amor depositado. as ruas são sombrias. todos os pequenos pormenores vão perdendo a magia. as pessoas querem é despachar este dia e em vez de andarem um mês em harmonia, passam-no com os nervos à flor da pele. mal se janta o bacalhau e a preocupação com o lavar a louça sobrepõe-se. a única coisa que ainda me faz sentir o espirito é a abertura dos presentes à meia noite, como sempre foi. espero um dia conseguir depositar toda a magia, todo o brilho e toda a fantasia que guardo para este dia sem ninguém me repreender.
que no meio de tudo o que é este dia, os corações se encham de amor.
feliz natal
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